"Ouvir é uma das habilidades mais importantes que um líder pode escolher para desenvolver."
Fantástica esta lição. Uma das mais difíceis da vida.
E os primeiros que não ouvimos são os nossos pais, principalmente na adolescência. Nesta fase da vida ainda temos uma desculpa, mas quando já estamos na fase adulta aí já era.
Toda vez que os pais falam algo que não gostamos, de duas uma – em 90% das vezes - ou retrucamos e, apesar disso damos ouvido e respeitamos o que foi dito, ainda que a muito contragosto ou entao vamos lá e fazemos justamente ao contrário do que foi dito.
Na adolescência isso decorre do natural espírito de rebeldia, de querer mais liberdade bem como de querer assumir responsabilidades. Situações estas que nos chegaram no devido tempo.
Já quando adultos não resta outra saída se não aquela velha frase já cantada por Jorge bem: - "bem que minha mãe avisou".
Ouvir não é apenas assimilar, ouvir é saber assimilar as informações que são dita. Muitas vezes ouvimos algo que não gostamos Será isso suficiente para estragar uma amizade?
Portanto não é fácil saber ouvir, assim como não é fácil saber falar. Desculpe a ......falarei disto futuramente , RS.
E porque ouvir não é fácil? Porque requer dar atenção, prestar atenção, não apenas no que é dito mas no como é dito. É ter que agüentar a ouvir o que é dito, mesmo que estejam sendo faladas as maiores besteiras. Saber ouvir é ter a iniciativa de não interromper quem esta falando. Que hipocrisia a frase "sem querer te interromper mais já te interrompendo", ou seja, sem querer te sacanear, já te sacaneando...e por aí vai.
No que se refere a prestar atenção, já viu a diferença entre conversar com alguém olhando nos olhos e conversar com alguém que olha para qualquer coisa menos para você?
Muitas pessoas querem ganhar os outros na lábia e quem faz isso tem mais sucesso com aqueles que justamente não sabem ouvir. Como advogado o que esta lição me ensinou foi que, ao defender ao alguém ouvir esta pessoa mas, muito mais do que isso, ouvir a parte contrária também, principalmente se ela for arrogante. Deixar ela falar até que ela se canse, prestar atenção nos pontos que ela mais se refere a si e não deixar escapar nada, já que em algum momento ela irá falar que não ouvimos o que ela disse ou afirmar peremptoriamente que não disse algo, justamente para interromper, já que ela provavelmente não espera que ouçamos tudo que alguém fala. Nesta hora uma simples afirmação derruba o oponente: - eu ouviu o que você tinha a dizer e não te interrompi em nenhum momento, poderia fazer o mesmo por mim? Se ela na reparar que você esta realmente a ouvindo e prestando atenção no que é dito, esta frase irá mostrar a ela. E isso pode será aplicado em todos momentos da vida, já que quando alguém presta atenção no que falamos, já sentimos certa confiança nessa pessoa.
Po outro lado, é muito fácil "viajar nas palavras" de alguém que esta falando, basta pensarmos em outras situações ou em problemas, qualquer se sejam eles, nos estudos, com a namorada, o time de futebol, a ligação que não deu,o pagamento que não fez, a festa a noite,....etc
Ouvir requer abstração de todos esses problemas e que nos concentremos no que esta sendo dito. Melhor ainda se puder anotar o que esta sendo dito. Se não puder, então grave....na faculdade quando a meteria e difícil, o melhor recurso é gravar a aula e ouvir depois com calma.
Saber ouvir requer concentração e sacrifício.
No livro, esta lição é retomada mais a frente quando é dito que a maior maneira que temos de prestar atenção às pessoas é ouvindo-as ativamente. Gostaria de compartilahr com vcs estas liççoes
"— Muitas pessoas acham erradamente que ouvir é um processo passivo que consiste em ficar em silêncio enquanto outra pessoa fala. Podemos até nos considerar bons ouvintes, mas o que fazemos na maior parte das vezes é ouvir seletivamente, fazendo julgamentos sobre o que está sendo dito e pensando em maneiras de terminar a conversa ou direcioná-la de modo mais prazeroso para nós.
A diretora acrescentou: - Alguém disse certa vez que, se não soubéssemos que a seguir seria nossa vez de falar, ninguém ouviria!
Simeão balançou a cabeça com um sorriso. — Podemos pensar quatro vezes mais rápido do que falamos. Por isso há muito ruído interno - conversação interna - acontecendo em nossa cabeça enquanto ouvimos.
Tenho que admitir que enquanto Simeão dizia essas palavras minha mente estava lá em casa pensando no que Rachel estaria fazendo naquele momento.
— A tarefa de ouvir ativamente acontece em sua cabeça – ele continuou. - O ouvir ativo requer esforço consciente e disciplinado para silenciar toda a conversação interna enquanto ouvimos outro ser humano. Isso exige sacrifício, uma doação de nós mesmos para bloquear o mais possível o ruído interno e de fato entrar no mundo da outra pessoa - mesmo que por poucos minutos. O ouvinte ativo tenta ver as coisas como quem fala as vê e sentir as coisas como quem fala as sente. Essa identificação com quem fala se chama empatia e requer muito esforço.
A diretora balançou a cabeça concordando: — Há quatro maneiras essenciais de nos comunicarmos com os outros - ler, escrever, falar e ouvir. As estatísticas mostram que na comunicação uma pessoa gasta em média sessenta e cinco por cento do tempo ouvindo, vinte por cento falando, nove por cento lendo e seis por cento escrevendo. No entanto, nossas escolas ensinam bastante bem a ler e escrever, e talvez até ofereçam uma ou duas línguas eletivas, mas não fazem nenhum esforço para ensinar a prática de ouvir. E esta é a habilidade que as crianças precisarão usar mais.
— Interessante, Teresa. Obrigado. - Simeão continuou: - E quais são as mensagens conscientes e inconscientes que enviamos às pessoas quando nos doamos e as ouvimos atentamente?
A enfermeira respondeu: — O fato de desejarmos colocar de lado todas as distrações, até as distrações mentais, envia uma mensagem poderosa à pessoa que está falando de que você realmente se importa com ela. Que essa pessoa é importante para você. É verdade, Simeão, ouvir é provavelmente nossa grande oportunidade de dar atenção aos outros diariamente, dizendo-lhes o quanto os valorizamos.
A diretora acrescentou: — No início de minha carreira, eu acreditava que meu trabalho era resolver todos os problemas de professores e alunos sempre que surgissem. Ao longo dos anos, aprendi que ouvir e compartilhar o problema da outra pessoa alivia sua carga. Há um efeito catártico em fazer-se ouvir atentamente por outra pessoa e poder expressar-lhe nossos sentimentos. Na parede de minha sala na escola tenho uma citação de um velho faraó egípcio chamado Ptahhotep, que diz: "Aqueles que precisam ouvir os apelos e gritos de seu povo devem fazê-lo com paciência. Porque as pessoas querem muito mais atenção para o que dizem do que para o atendimento de suas reivindicações".
Simeão sorriu, aprovando: — Prestar atenção às pessoas é uma necessidade humana legítima(...)"
Posteriormente, retomarei esta passagem novamente
Mas achei interessante o trecho em ue a personagem fala que as escolas não ensinam a ouvir. Sim elas ensinam e depois interrompem com este aprendizado. Ensinam a ouvir quando a professora reúne todos os alunos e conta uma história e depois, ao aprendermos ler, esta mesma professora coloca um dos alunos para ler para todos. No ano seguinte já não se contam mais histórias.
Nao é a toa que, quando estamos com amigos numa fogueira a noite e alguém conta alguma história a ouvimos atentamente, sem interrompê-lo e acabamos por "entrar na história que esta sendo contada", na maioria das vezes um conto de mistério, suspense e terror.
Bem amigos, fico muito feliz de dividir essas lições com vocês.
Um forte abraço